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segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Canções de uma vida ordinária

Eu deveria ter aprendido a tocar guitarra. É assim que se faz!
Por Jotha Santos
Faz tempo que as meninas do “Leblon” não olham mais pra mim, afinal, eu sou apenas um rapaz latino americano sem dinheiro no banco, sem parentes importantes, e vindo do interior. Foram vários os sonhos de verão numa praia, mas a onda do mar apagou. E nem foi tão lindo assim. Sempre soube que a felicidade é como uma estrela que não está lá. Um conto de fadas, uma história comum. É como chuva de prata que cai sem parar e quase me mata de tanto esperar. E é aí que eu me afogo num copo de cerveja naquela mesa de bar, pois assim caminha a humanidade; com passos de formiga e sem vontade.

Meu caso é mais um. É banal, mas preste atenção, por favor. Eu não sou cachorro, não, pra viver tão humilhado e ser tão desprezado. Por isso eu bebo e choro, e choro com razão. Choro e ninguém liga pra mim. Eu não sei o que fazer da minha vida. É a história dolorosa de um fracasso. Eu machuquei a mim mesmo hoje para ver se eu ainda sinto. O que eu me tornei? Todos os que eu conheço vão embora no final. 

O médico estava com medo que o meu figueiredo não andasse bem. Ele receitou jurubeba, alcachofra, e de quebra, carqueja também. Tentaram me mandar para a reabilitação, mas eu disse: Não, não, não! Não há nenhum médico que possa curar minha doença. Tenho uma doença permanente e vai ser preciso mais do que um médico para me receitar um remédio. Talvez o Dr. Robert. Vou continuar orando pela chuva que cura para restaurar outra vez a minha alma.

Eu tenho que instalar fornos de microondas, entregar cozinhas sob medida, carregar geladeiras e televisões em cores. Eu deveria ter aprendido a tocar guitarra. É assim que se faz. Todos os dias parecem um pouco longos, aconteça o que acontecer. Em mais três dias eu vou deixar essa cidade e desaparecer sem rastros. Em um ano, a partir de agora, talvez tudo tenha se acalmado. Se eu pudesse começar de novo, a milhões de milhas daqui, eu me salvaria. Eu acharia um caminho.

Há tantos mundos diferentes. Tantos sóis diferentes. Todo homem tem que morrer e estas montanhas cobertas de neve são um lar para mim agora. Eu sabia que seu eu tivesse a minha chance, eu poderia fazer aquelas pessoas dançarem, mas eu sabia que estava sem sorte no dia em que a música morreu. Eu já tive amores ruins o bastante. Chega de amores que não prestam. Eu preciso de algo que eu possa me orgulhar. Eu quero me libertar. Eu tenho que me libertar! 

Eu sei que você acredita em mim e isso é tudo o que eu sempre precisei. Me levanto e nada me faz cair. Eu não sou o pior que você já viu. Você entende o que eu quero dizer? Eu poderia muito bem pular! Chorando, minhas lágrimas continuam caindo a noite inteira. Esperando, me sinto tão inútil e eu sei que isso é errado. 

Sábado à noite, por volta das oito, eu sei o que vou fazer. Eu vou pegar a minha garota e levá-la ao cinema. Quem se importa com o filme que você vê quando se esta abraçado com sua garota na última fila? Do parque, você pode ouvir o som alegre de um carrossel e quase sentir o gosto do cachorro-quente e das batatas fritas que eles vendem. Eu me fortaleci e eu aprendi como me arranjar. Você pensou que eu me rasgaria em pedaços? Você pensou que eu deitaria e morreria? Eu sei que permanecerei vivo. Eu tenho minha vida toda pela frente. Eu vou sobreviver, pois este ainda não é o dia em que morrerei.


Texto livremente inspirado em canções de: Amy Winehouse, Beatles, Belchior, Bon Jovi, Buddy Holly, Dire Straits, Don McLean, Eric Clapton, Fábio Jr., Gal Costa, Glória Gaynor, João Nogueira, Johnny Cash, Luan e Vanessa, Lulu Santos, Nelson Gonçalves, Odair José, Paralamas do Sucesso, Queen, Reginaldo Rossi, Só Pra Contrariar, The Drifters, Van Halen, Waldick Soriano.

terça-feira, 22 de agosto de 2017

As dez melhores atrizes da atualidade

Por Jotha Santos
Após a lista dos “cuecas” mais incríveis de Hollywood, fiquei devendo a lista das garotas, que por sinal, é bem mais prazerosa de se elaborar. Foram muitos os pedidos (um só mesmo), então aí vai, mas antes, algumas considerações.

Esta lista pode causar muita polêmica por alguns motivos:

1°. Só contempla atrizes de Hollywood.
2°. Apenas mulheres (por isso a lista se chama “As dez melhores atrizes...”).
3°. Inclui, em sua maioria, atrizes jovens.
4°. Considera predominantemente a relevância de seus trabalhos e a frequência nas telonas.
5°. Não é baseada no cachê das participantes.
6°. Valoriza o talento.
7°. Exclui os clichês.
8°. Nela você não encontrará nomes como Meryl Streep (mito), Julianne Moore, Susan Sarandon, Michelle Pfeiffer, Helen Mirren, Judi Dench, Emma Thompson, Fernanda Montenegro, Catherine Deneuve, Bette Midler, Glen Close e tantas outras desta e de outras gerações, pois estas já figuram em outro panteão.
9°. Jodie Foster, Natalie Portman, Kate Winslet, Angelina Jolie, Nicole Kidman, Naomi Watts, Laura Linney, Rachel Weizz, Marion Cotillard, Helen Hunt, Carey Mulligan, Winona Rider, Julia Roberts e Sandra Bullock já fazem parte da cultura pop. Não precisam mais “competir” pelo amor dos fãs e nem figurar numa lista tão restrita.
10°. Brittany Murphy não está nela porque já morreu.

A revista Time a nomeou como uma das 100 pessoas mais influentes em todo mundo. Já tem duas estatuetas do Oscar em casa, além de três Globos de Ouro e inúmeros outros prêmios, mesmo em meio às críticas de alguns membros do (importante) Partido Comunista Russo após o seu trabalho em "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal" (eita filminho ruim). A chamaram de “atriz de segunda categoria”. Sabe o que isso significa? Absolutamente nada!

Destaque para as atuações em:
Elizabeth
Blue Jasmine
The Aviator

Um talento indiscutível. É um prazer vê-la atuando. Já colecionava vários prêmios no teatro e na TV quando, em 2017, recebeu o Oscar da academia por sua atuação em "Fences" (melhor atriz coadjuvante). Durante a premiação, fez um discurso memorável.

Destaque para as atuações em:
Doubt
Fences
How to Get Away With Murder (série)



Charlize Theron
Considerada uma das mulheres mais bonitas do planeta (e é), a atriz sul-africana ganhou destaque após seu papel em "Poderoso Joe". Em 2004, levou o Oscar de Melhor Atriz no filme "Monster", quando interpretou a serial-killer-mais-feia-e-desprezível-do-mundo, Aileen Wuornos.

Destaque para as atuações em:
Monster
Terra Fria
Mad Max: Fury Road




Jessica Chastain
Já desfila no tapete vermelho de Hollywood como parte da realeza. Bela, elegante e muito competente, entrega sempre o melhor em seus papéis. Foi indicada ao Oscar pelo trabalho em “The Help” e, já no ano seguinte (2013), recebeu nova indicação em "Zero Dark Thirty".

Destaque para as atuações em:
A Most Violent Year
The Help 
Zero Dark Thirty




Deixou para trás a reputação de fazer apenas papéis bobinhos, “alegres” e “ensolarados”. Muito versátil, recentemente surpreendeu a todos por sua atuação em “Arrival”, de Denis Villeneuve, uma excelente ficção científica por sinal. A nova Lois Lane do universo estendido DC ainda tem uma “super” carreira pela frente (Tá, essa foi ruim).

Destaque para as atuações em:
Doubt
The Fighter
Arrival




Uma atriz que nós gostamos de ver nos filmes. Ela tem o talento para transformar em especial cada momento em que surge na tela. Forte e marcante, ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por seu papel em “The Help” (2012). Em 2017, quase levou de novo pelo desempenho no maravilhoso “Hidden Figures”. Ah, essa Viola...

Destaque para as atuações em:
The Help
Hidden Figures
A Time to Kill


Jennifer Lawrence
Confesso que relutei bastante em colocar a bela nessa lista. Ela ainda não me convenceu, apesar do inquestionável talento. E como me convencer também não é importante, vamos mantê-la aí. Apesar da pouca idade, já faturou o Oscar de Melhor Atriz em “Silver Linings Playbook” (O Lado Bom da Vida - 2013), filme que eu não gostei muito. Achei bem comum até, mas os especialistas disseram que é ótimo. Vamos acompanhar (como se isso fosse mudar alguma coisa).

Destaque para as atuações em:
Winter´s Bones
Silver Linings Playbook
Joy
The Hunger Games



Michelle Williams
Já teve quatro indicações ao Oscar, mas ainda não levou nenhum. Acho que é só questão de tempo (lembram do Leo?). Seu papel em “Manchester by the Sea” foi ótimo, mas muito curtinho. Ia ser muita sacanagem dos tiozinhos da Academia se dessem pra ela com a Viola (ela de novo) na parada. Foi casada com o Coringa, quer dizer, com o Heath Ledger, com quem teve uma filha.

Destaque para as atuações em:
Brokeback Mountain
Blue Valentine
Manchester by the Sea


Hilary Swank
“Karatê Kid 4” não conta, tudo bem? Já em 1997, destacou-se como uma “mãe solteira” (?) em “Beverly Hills, 90210”, nosso eterno “Barrados no Baile”. Foi dispensada pouco tempo depois, mas aí, entrou para o elenco de “Boys Don´t Cry” e faturou o Oscar de Melhor Atriz, entre outros prêmios. Não contente, levou mais uma estatueta em 2005 por “Million Dollar Baby”, do lendário Clint Eastwood. Quem é a boa agora, hein, velho Aaron Spelling? Que Deus o tenha.

Destaque para as atuações em:
Conviction 
Boys Don´t Cry
Million Dollar Baby


Anne Hathaway
Mais uma confissão a fazer. Ela não ia entrar na lista. Eu estava pensando na Scarlett Johansson quando uma voz veio e me falou: - Não deixe a atriz mais querida da “América” de fora! Seus filmes quase sempre rendem boas bilheterias e são elogiados pela crítica. Em “Les Misérables” (2013), conquistou o Oscar de melhor atriz coadjuvante. Eu não assiti, mas os filhos do Silvio Santos, com certeza.

Destaque para as atuações em:
The Devil Wears Prada
Love and Other Drugs
Les Misérables

domingo, 3 de novembro de 2013

Os Dez Melhores Atores da Atualidade: Repercussão

Por Jotha Santos
Muitos dos meus fiéis leitores (uns quatro) comentaram a lista dos "dez melhores atores da atualidade", segundo o respeitadíssimo blog Coluna Livre (é esse aqui mesmo). Quero, portanto, aproveitar o espaço não só para agradecer, mas para esclarecer alguns pontos levantados e que merecem muito mais do que um simples obrigado.


Sobre Omar Sy
O ator francês apareceu para o mundo no excelente "Intocáveis" (não, não é aquele com o Kevin Costner). Apesar do carisma e do impecável sorriso Colgate, ainda não tem "créditos" para figurar na lista dos "dez mais". Foi o primeiro ator negro da história a receber o prêmio César (o equivalente ao Oscar lá na terra dos perfumes) de melhor ator pela atuação no mesmo "Intocáveis" no papel de Driss, o durão e charmoso "auxiliar de enfermagem" do tetraplégico, excêntrico e multimilionário Philippe (François Cluzet).





Sobre Benedict Cumberbatch
O versátil ator britânico é lembrado pela grande maioria principalmente por seu papel em Star Trek: Into Darkness, na pele do super-vilão John Harrison. Apesar de jovem, tem uma experiência de dar inveja a qualquer um não só nas telonas, mas também no teatro, televisão e rádio. Mandou realmente muito bem na última empreitada de J.J. Abrams e tem um talento indiscutível. Quanto a ser o "novo Batman", como sugeriu um leitor, poderia até ser uma boa ideia, eu concordo, mas isso se Ben Affleck (isso mesmo) não tivesse conseguido a boquinha. Posso morder minha língua mais tarde, mas acho que depois deste recauchutado Cavaleiro das Trevas - ex Demolidor... VIRGE - vamos todos sentir falta de Christian Bale. Quem sabe numa próxima franquia, Cumberbatch não possa se fantasiar de freira também e sair mandando sopapos em tudo quanto é vilão.



Um outro leitor me fez a seguinte pergunta: "Cadê as mina"?

Bem, se meu caríssimo leitor observar bem, o item número dois da postagem anterior explica tudo em poucas palavras. Para não parecer parcial, a equipe do Coluna Livre (só eu mesmo) já está elaborando a lista das dez melhores atrizes da atualidade. Aguarde!




Sobre Jonah Hill
Menino bom. Tem um talento indiscutível, apesar do estereótipo de "ator de comédia". Se parar prá pensar, parece que ele só fez isso mesmo, mas mandou muito bem em "Moneyball" (no Brasil, O Homem que Mudou o Jogo), sendo indicado a vários prêmios, inclusive, se não me engano, ao Oscar (não é o Schmidt) de melhor ator coadjuvante. Tem bons trabalhos também na televisão, além de ser produtor e roteirista. Tem tudo para entrar em breve na seleta lista dos "dez mais" de Coluna Livre. Sobre Bradley Cooper, fiz algumas considerações a seu respeito ao final da postagem abaixo, por isso, amigo leitor, considere-o como "integrante honorário" da prestigiada lista. Ele mesmo, com certeza, está se sentindo honrado pela simples citação neste documento histórico, visto e apreciado em todo o mundo!

Sobre Jeremy Renner (não é o dono das Lojas Renner)
Tem também alguns bons prêmios do cinema empoeirando nas prateleiras da estante de casa. Fez muitos filmes independentes na última década e agora se destaca principalmente por seus papéis em filmes de ação. De "Vingadores", passando por "Legado Bourne" até "João e Maria", o rapaz não é um ciborgue, mas já exterminou muita gente na telona. Se continuar o bom trabalho, vai chegar lá! Sobre Benjamim Whishaw, confesso que a equipe do Coluna Livre ainda não assistiu a nenhum de seus trabalhos, mas já agendamos para muito breve uma sessão com a saga "Cloud Atlas". Sobre Rodrigo Santoro, acho que só falta a ele papéis mais complexos na terra do Tio Sam. Ele precisa e merece aparecer mais. É um excelente ator e, ao lado de Wagner Moura, na opinião deste humilde colunista, um dos melhores do Brasil.


Um abraço a todos e até breve!
Jotha Santos
Diretor Presidente da CCIAANOSI

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Os dez melhores atores da atualidade

Por Jotha Santos
Esta lista poderia causar muita polêmica por alguns motivos:

1°: Só contempla atores de Hollywood.
2°: Apenas homens (por isso, a lista se chama "Os dez melhores ATORES...").
3°: Inclui, em sua maioria, atores jovens.
4°: Considera predominantemente a relevância de seus trabalhos e frequência nas telonas.
5°: Não é baseada no cachê dos participantes.
6°: Valoriza o talento.
7°: Exclui os clichês.
8°: Nela você não encontrará nomes como Sean Connery, Al Pacino, Robert De Niro, Anthony Hopkins e etc. (ver item número 3).
9°: Tom Hanks, Brad Pitt, Will Smith, Denzel Washington, Robert Downey Jr., Morgam Freeman, Johnny Depp, Leonardo DiCaprio, Christian Bale e Edward Norton são excelentes atores, até melhores do que os da lista abaixo, mas já pertencem a uma outra geração e não há espaço para eles em uma lista que pretende ser atual.
10°: Heath Ledger não está nela porque já morreu.

Apesar de tudo, sei que não preciso me preocupar com as polêmicas, afinal ninguém lê essa coluna mesmo, então posso colocar até o Didi Mocó Sorrisal Colesterol Novalgina Mufumo na lista que nenhuma alma vai questionar mesmo. Aí vai:


Ryan Gosling

Talvez o melhor ator em atividade no momento (em minha humilde opinião, claro). Versátil, profundo, carismático e comprometido.

Destaque para as atuações em:
Drive
Only God Forgives


Indicado ao Oscar por seu papel em  Revolutionary Road, tem se destacado no cenário "hollywoodiano" com excelentes atuações, mesmo em papéis menos complexos, que já deixou para trás. É sofisticado, inteligente e carismático.
Destaque para as atuações em:
The Iceman
Take Shelter
Man of Steel


Michael Fassbender

Ator alemão, começou a chamar a atenção dos críticos a partir dos trabalhos em Bastardos Inglórios e X-Man First Class.

Destaque para as atuações em:
Bastardos Inglórios
X-Men First Class
Centurião
Um Método Perigoso



Estudou atuação apenas um ano e mostrou evolução em cada trabalho realizado, chegando a ser indicado para o Oscar pelo papel em 127 Horas.

Destaque para as atuações em:
Spider-Man 1, 2 e 3
127 Horas
Planeta dos Macacos: A Origem
Oz: Mágico e Poderoso



Ator britânico, vencedor de inúmeros prêmios pelo mundo afora, incluindo o Golden Globe e o Emmy Awards pela série Luther. Tem se destacado no cenário americano pelo seu talento e perfeccionismo. 

Destaque para as atuações em:
Ladrões
Motoqueiro Fantasma 2
Pacific Rim


Escocês, começou a atuar em 1995. A partir do trabalho em "O ùltimo Rei da Escócia", chamou a atenção dos críticos para o seu talento.

Destaque para as atuações em:
O Último Rei da Escócia
X-Men: First Class
Trance




Indicado duas vezes ao Globo de Ouro, Gordon-Levitt é um exemplo raro de atores que souberam fazer com competência a transição da TV para as telonas.

Destaque para as atuações em:
50/50
The Dark Knight Rises
Premium Rush
Looper
Lincoln


Fez algumas "porcarias" (quem nunca), mas tem talento e deve se consagrar como uma das grandes estrelas de Hollywood.

Destaque para as atuações em:
Star Trek
Incontrolável
Guerra é Guerra
People Like Us
Star Trek: Into Darkness


Vem melhorando a cada trabalho. Nesse ritmo, vai longe e não precisa mais aceitar tudo quanto é papel que aparece por baixo da sua porta.

Destaque para as atuações em:
Quarteto Fantástico (?)
Puncture
Avengers
The Iceman



É "O CARA" do momento, vencendo inclusive algumas premiações como "Novo Talento Mais Popular" pela Logie Awards, ente outros. Está com tudo, por isso seu bolso agradece e as tietes também.

Destaque para as atuações em:
Thor
Avengers
Rush





Por pura coincidência, temos três "CHRIS(es)" no final da lista. Acho que é um bom nome para a senhora batizar seu filho, vai por mim, porque Jonathas não rendeu nada. 

A relação poderia incluir também o nome de Bradley Cooper, mas como eu tinha que escolher apenas dez e me baseei no momento, o novo "Cara de Pau" Peck ficou de fora, mas poderia facilmente tomar o lugar de alguém aí em cima. Espero que apreciem (digo isso mesmo sabendo que ninguém vai ler só para dar "um ar" de importância).

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

You are the Last Dragon You possess the power of the Glow

Quem é o mestre?
Por Jotha Santos
Se você viveu sua infância e adolescência durante os anos 80, ao ler o título dessa postagem, provavelmente irá se lembrar de algo. Eu, pelo menos, jamais esqueci. Gostaria de escrever um montão de coisas bacanas sobre o assunto agora, mas estou com uma preguiça danada, por isso, vamos direto ao assunto:

Bruce Leroy está de volta! Isso mesmo. A Columbia Pictures está preparando um remake para o clássico dos clássicos dos filmes de luta dos anos 80, “O Último Dragão” (The Last Dragon – 1985). A saga do mestre das artes marciais pelas ruas de Nova York na tentativa de encontrar “o caminho”, a “aura”, o “Glow”, terá uma nova versão adaptada para as telonas. O primeiro esboço do roteiro já está pronto, segundo o co-produtor RZA, bem como o ator que interpretará o indefectível vilão Sho´Nuff: Samuel L. Jackson ficará encarregado de dar nova vida ao Shogun do Harlem, interpretado originalmente por Julius Carry, que para tristeza dos fãs, faleceu em agosto do ano passado em decorrência de um câncer no pâncreas.

O nome do ator que interpretará Bruce Leroy ainda não foi escolhido, mas ainda segundo os produtores, as filmagens começam este ano, com estréia prevista para o inicio de 2010. Rihanna, aquela da música do guarda-chuva, poderá interpretar a cantora e apresentadora Laura Charles, que faz o par romântico da aventura junto com Leroy (e o irmão mais novo dele, é claro, que é quem realmente demonstra sua paixão pela estrela desde o inicio do filme).

O Último Dragão, apesar de sua simplicidade, dos clichês, das roupas exageradas e das interpretações que vão do sofrível ao espetacular em poucos segundos, alcançou o titulo de Cult justamente por sua empatia com o público, por sua capacidade de alcançar e trazer para dentro do filme qualquer um que o assista, sem muito esforço, independente de preferências e gostos. Eu mesmo, já assisti umas vinte vezes. É impossível começar a assistir e não chegar até o fim, uma característica interessante de muitos filmes dos anos 80 e 90, e que foi perdida nas películas atuais.

Vale lembrar também de sua excelente trilha sonora, produzida pelo pessoal da Motown (assim como todo filme) e que ajudou a preservar na memória e nas videotecas dos fanáticos por artes marciais com mais de 30 anos a epopéia de Bruce Leroy. Agora é esperar e torcer para que a turma da Columbia faça algo tão bacana quanto o primeiro filme.

Em tempo: Will Smith poderá produzir em breve a refilmagem de “Karate Kid”. É verdade, isso não é piada. Will desconversou no começo, mas agora parece ter revelado de vez a vontade de trazer Daniel Larusso e Sr. Miyagi de volta ao mundo dos vivos. E tem mais: Ele quer que o próprio filho atue no papel do garoto que aprende karate lavando carros e pintando cerca. Do jeito que a coisa vai, quem sabe não vejamos num futuro próximo o remake de “Retroceder Nunca, Render-se Jamais”, outro clássico daquele tempo bom, que como dizia Thaide, não volta nunca mais! Quem viver, verá!

sábado, 28 de julho de 2007

"Os Deuses Devem Estar Loucos"... e suas lições.

Estariam loucos só os deuses? Ou todos nós?

Por Jotha Santos
Simplicidade é algo que poucas pessoas têm e usam com propriedade. Em “Os Deuses Devem Estar Loucos”, temos um belo exemplo de como situações complexas e inesperadas do nosso cotidiano podem ser desencadeadas por um único evento simples e até despretensioso.

Neste impressionante filme de 1980, que foi objeto de estudos dos mais filosóficos por antropólogos e sociólogos do mundo todo, podemos fazer uma reflexão, se não profunda, no mínimo curiosa de nossa sociedade contemporânea: Por que dificultar se podemos simplificar?

A incrível história de “Os Deuses Devem Estar Loucos” começa com a quase desértica paisagem do Kalahari, região localizada ao sul da África. Ao sobrevoar o local, um desavisado piloto de avião atira pela janela uma garrafa de Coca-Cola que cai em uma pequena comunidade de bosquímanos, povo com milhares de anos de história e que ainda não tinha tido nenhum tipo de contato com a civilização moderna.

Sem entender bem do que se tratava, os nativos atribuíram aquilo como um presente dos deuses, já que literalmente caiu do céu. A garrafa, daquelas bem antigas, de vidro grosso e com o emblemático logotipo da Coca-Cola quase em relevo, fez a alegria de todos na aldeia durante algum tempo. Servia para tudo. De “pau-de-macarrão” a ferramenta de trabalho, o presente dos deuses trouxe “modernidade” e “praticidade” para aquele povo simples.

O problema é que, por ser única, a até então inofensiva e eficaz garrafa passou a ser motivo de desavença dentro da comunidade. Sentimentos típicos de uma sociedade moderna como a cobiça e a ganância, passaram a fazer parte do cotidiano da tribo. A paz havia terminado. A inocência fora perdida.

Mas porque raios então os deuses teriam enviado para aquele povo tamanho motivo de discórdia? Que tipo de presente era este? Só pode ter sido um engano divino! Foi o que concluiu Xixo, o chefe da tribo, que com sua singela sabedoria, decide atravessar o perigoso deserto do Kalahari e levar de volta aos deuses o erradio presente.

É a partir daí que toda a aventura do filme começa. As andanças do líder bosquímano recheiam a trama de situações engraçadas e inusitadas. Em sua jornada para devolver a “coisa má”, Xixo inevitavelmente acaba encontrando outras pessoas, outras culturas. Para ele, tudo aquilo lhe parece muito estranho. Nada poderia ser mais feio do que uma mulher loira e de pele branca.

O filme faz rir pelo humor ingênuo e situações absurdas vividas pelos personagens, mas também nos faz refletir sobre a maneira como muitas vezes observamos a nossa sociedade. Quase sempre, complicamos demais as coisas quando elas poderiam ser muito mais simples. E só quando olhamos o mundo pelos olhos de Xixo, a simplicidade em pessoa, é que compreendemos que tudo poderia ser mais fácil, ou pelo menos, deveria.

Por outro lado, no entanto, olhar o mundo com tamanha inocência e naturalidade pode nos trazer uma enorme frustração ao percebermos que a interpretação que damos aos fatos e as coisas que nos cercam são, na verdade, quase sempre contestáveis. Estariam loucos só os deuses? Ou todos nós?

“Os Deuses Devem Estar Loucos” foi um filme de baixíssimo orçamento, onde tudo era realmente simples. Da atuação de seu personagem principal até a produção e divulgação, tudo foi modesto. Nada mais apropriado para um filme sem pretensões, mas com lições preciosas para um mundo onde complicar é sempre mais fácil do que simplificar.

N!Xau

Há fontes confiáveis que dizem com convicção que o nosso saudoso N!Xau recebeu apenas 100 dólares para atuar no primeiro filme. Ele era um autentico bosquímano que nunca tinha tido contato com a civilização moderna. Jamais representou ou atuou antes de protagonizar “Os Deuses...”, nem mesmo em sua tribo. Sua inocência e humildade, tanto na vida quanto no cinema, ficarão guardadas para sempre em nossa memória.

Nascido na Namíbia e batizado Cgao Coma, N!Xau foi sempre um exemplo de que as origens não devem ser perdidas. Mesmo após o "estrelato" e de uma continuação um pouco mais “rentável” (parece que recebeu 300 dólares pelo segundo filme), Xixo ficou em sua terra natal cuidando do gado e de suas pequenas plantações de milho e abóboras. Construiu apenas uma casa de tijolos e instalou uma bomba d'água "para dar mais conforto à família".

Em julho de 2003, saiu bem cedo para caçar, como de costume, nas regiões desérticas próximas a sua casa e não retornou mais. Morreu de causas ainda desconhecidas, segundo relatório policial da época. Em meados dos anos 90, foi acometido por uma tuberculose que o deixou bastante debilitado. Tinha, acredita-se, 59 anos, pois nem ele mesmo sabia sua idade com certeza. Mesmo seus familiares acreditam que ele era bem mais velho. Teve nove filhos em três casamentos.

Esteja onde estiver, N!Xau deixou a todos nós um exemplo de vida. Um legado de alegria, humildade, inocência, perseverança e força de vontade!

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