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terça-feira, 10 de julho de 2018

Nunca será!

Nunca... jamais!
Por Jotha Santos
Capitão Nascimento já dizia: “Nunca serão... jamais serão”. Assim é o Neymar. Chegaram a dizer que “o plano de carreira para ele era ocupar a cadeira de ídolo nacional deixada por Ayrton Senna”. Nunca será! Hoje, o “menino Ney” é motivo de chacota em todo o mundo. E a culpa é só dele. Talvez o fato de ser o eterno “menino” nos faça entender tudo. Meninos choram por qualquer coisa, reclamam por qualquer coisa, fazem birra, ficam “de mal” e se aborrecem quando questionados. Eles não sabem lidar com as “coisas de adultos”. E isso é natural, afinal, são apenas meninos.

Meninos se dão bem no mundo dos meninos. Neymar brilhou nas Olimpíadas. Ajudou a seleção a trazer uma medalha inédita para o país. Foi legal! Mas jogou contra outros meninos. Provou que não pertencia mais àquele mundo. Estava na hora de ter a sua segunda chance entre os adultos, e teve. Infelizmente, foi ainda mais imaturo. Não deixou as coisas de menino. Chorou, brigou, esperneou, xingou...

Ídolos se sacrificam. Até brigam e choram, é verdade, mas jamais se esquecem da verdadeira missão. Destemperado, infantil, simulador, imprudente e irresponsável. Este é Neymar. E os ídolos não são assim. Fico imaginando aqui aquela corrida em Interlagos, em 1991, quando Senna chegou às ultimas voltas apenas com a sexta marcha e venceu. Ele sabia o quanto teria que lutar, se sacrificar. Teria que lutar contra o os outros pilotos, contra o próprio carro e contra si mesmo. Ir além da sua capacidade física e mental. Perseverante até o fim, recebeu sua recompensa e nos brindou com mais uma bela página de sua magnífica carreira que tanto nos orgulha até hoje. Ele fazia por ele, sim, mas também por todos nós. Este é o legado de um verdadeiro ídolo.

Neymar faz propaganda de cerveja, de barbeador, de carro, de cueca, relógios horrorosos e fast food. De café, enxaguante bucal, bateria, telefonia e televisor. De avião, Tele-Sena e vitaminas do amigo Sidney. De shampoo, guaraná, meias e óculos de grife. Neymar gosta de farra, de festa, folgança e patuscada. De exibir namorada bonita, carros de luxo, mansões e iates.  De Instagram, Facebook e Twitter. De vez em quando gosta de jogar bola. E como joga! Um dos melhores da atualidade. E é apenas isso que queríamos. Que Neymar jogasse seu futebol com a “amarelinha”. Por que não o faz?

Neymar é um homem. É adulto. É pai. Possui uma conta bancária de adulto, vende uma imagem de adulto, faz coisas de adulto, mas se comporta como menino. Seu staff ou “os parças” não ajudam. O preferem assim. Mimado, mal criado, esbanjador, pimpão e farofento. Assim é mais fácil aproveitar os benefícios de ser “amigo” do Ney. No meio do caminho, o próprio se esquece das esperanças que depositamos nele. Essa é a nossa parcela de culpa em tudo isso. Neymar não dá a mínima pra gente. Ele gosta mesmo é de ganhar dinheiro, de pintar cabelo e tomar sol em lugares paradisíacos. De caviar, champanhe e camarão. Nós não pertencemos ao mundo dele.

O “sábio” técnico Wanderley Luxemburgo disse bem: “Não é difícil ser Neymar. Ser Neymar é fácil. Difícil é ser Pedro, João e Maria”. Difícil é ser eu e você. Vamos nos importar com quem se importa com a gente. Vamos deixar o “menino” pra lá. Nós não comemos caviar nem bebemos champanhe. Muitas vezes, nem comemos. Não fazemos propagandas milionárias e não temos namoradas maravilhosas. Não temos salários astronômicos ou bonificações infinitas.  Não temos staff, empresários ou “parças”.  Difícil é ser brasileiro. Difícil é ser ídolo de uma nação. Ser Neymar é moleza. Ser lembrado pelo “cai-cai” e pelas simulações, virando motivo de piada e achincalhamento em todo o mundo? Bobagem! Podem rir! Eu sou O Neymar e não preciso de ninguém.  A vida de luxo e abastança está garantida e ela me basta. Como diria o proeminente político Justo Veríssimo, “o povo que se exploda”!

Quem quer ser ídolo? Dá muito trabalho. Coisa chata! Tem que dar entrevistas nas derrotas. Tem que explicar os erros. Tem que sorrir para as câmeras mesmo quando as coisas não vão bem. Tem que pilotar um carro quebrado até a linha de chegada. Tem que sofrer, suar, machucar, tolerar, resistir, suportar e aceitar. Tem que levar esperança e elevar o nome de uma nação. E este não é papel de Neymar. Isso já ficou claro.

Vamos esquecer o menino e esperar pelo homem. Neymar terá mais uma chance em 2022, se assim a merecer. Não estou confiante. Pelo futebol, merece. Mas como é costumeiro falar nos dias de hoje, “não é só futebol”. E nunca é mesmo. Nas manhãs de domingo, não era apenas uma corrida. Era muito mais. Era fazer algo mais. Era dar um pouco mais de si. Era se colocar no lugar do outro. No caso, no lugar de um país inteiro. Era alcançar por nós aquilo que nós mesmos não poderíamos. Era fazer valer a fé uma vez depositada. Era deixar de lado as coisas de menino. Por essas e outras, Ayrton Senna será sempre lembrado como herói, ídolo, brasileiro. Já Neymar, bem... sua história ainda não terminou, mas não sei porque a frase do Capitão Nascimento não me sai da cabeça. 




terça-feira, 8 de julho de 2014

Somos os melhores!

Kahn, aos pés do Fenômeno!
Por Jotha Santos
Foi um grande dia! Trinta de junho de 2002. Na primeira Copa de um novo século eles venceram! Sim, venceram! Nós somos penta! Nossos valentes guerreiros, antes desacreditados e desmotivados mostraram que sabem lutar. Cingidos de uma mística e poderosa armadura verde e amarela eles revelaram ao mundo o que o mundo já sabia, e nós, brasileiros, havíamos esquecido. Somos os melhores!

Disseram que eles – “os outros” – eram mais fortes, mais altos, mais técnicos e até mais bonitos. E nós quase acreditamos. Ao final de tudo, eles caíram. Caíram perante os mais feios, os mais estranhos, com cabelos esquisitos, sim, mas donos de uma arte divina que só os mais iluminados podem expressar... ...expressar em gols, em dribles, em magia.

Como esquecer as lágrimas do guerreiro maior, que superou a tudo e a todos. Que superou a dor, a tristeza, a desconfiança, a incerteza, a solidão. E que como um verdadeiro herói das histórias em quadrinhos, emergiu das trevas de 1998 para brilhar na luz de 2002 e entrar para a história do futebol mundial. Na terra de maremotos, terremotos, furacões e tornados, a noite era dele. Os céus se abriram em esplendor e o Fenômeno surgiu. Um gol de oportunidade, outro de habilidade. Assim ele alcançou a glória. “o guerreiro estava ferido. Morto, jamais”!

Chega até a ser engraçado! Por que temíamos tanto os nossos adversários se tínhamos ao nosso lado, além do Fenômeno, um outro gênio da bola, que em um momento de brilhantismo extremo, nem precisou tocar nela para fazer resplandecer toda sua genialidade?

Por que temíamos se tínhamos a experiência de um guerreiro de nome pequeno, porém de futebol gigante? O único do mundo a estar no campo de batalha final por três vezes... uma atrás da outra! Por que temíamos se tínhamos um rei com um canhão nos pés? E um garoto de sorriso alegre e futebol exuberante? Se tínhamos em nossa área um goleiro com mãos santas chamado Marcos, um guerreiro de nome Roque, outro de nome Lúcio, outro de nome Gilberto Silva e outro de nome Edmilson. Por que temíamos tanto se tínhamos em campo um menino chamado Kleberson e um velho general de pulso firme, que atende carinhosamente pelo apelido de “Felipão”.

Beckhan? Owen? Zidane? Batistuta? Vieri? Quem são? Ou melhor, onde estão? E o tal do Maradona então? Queimou a língua, de novo! O que falar do “imbatível” Oliver Khan, o Wolwerine Tedesco, que de tanto falar, acabou caindo aos pés do Fenômeno de chuteiras prateadas.

Nossa seleção foi além das palavras, além das críticas, além do flagelo. Nossa amarelinha foi a melhor. Foram sete jogos, sete vitórias, dezoito gols. De lambuja, ainda temos o artilheiro da Copa, o melhor jogador e, para completar, também o melhor goleiro. Saímos da Terra do Sol Nascente campeões, ou melhor, cinco vezes campeões. Cinco vezes melhores do que “aqueles” outros. Somos PENTA! A Taça do Mundo é nossa. Com brasileiro, não há quem possa.

A saga da seleção canarinho na Copa do Milênio jamais será esquecida. Jamais será apagada. Por uma questão meramente geográfica, para eles, foi uma grande noite. Para nós, um grande dia! 30 de junho de 2002.


Foto: http://www.redeagreste.com.br/sistema/portal/wp-content/uploads/2014/06/zira2.jpg


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