terça-feira, 22 de agosto de 2017

As dez melhores atrizes da atualidade

Por Jotha Santos
Após a lista dos “cuecas” mais incríveis de Hollywood, fiquei devendo a lista das garotas, que por sinal, é bem mais prazerosa de se elaborar. Foram muitos os pedidos (um só mesmo), então aí vai, mas antes, algumas considerações.

Esta lista pode causar muita polêmica por alguns motivos:

1°. Só contempla atrizes de Hollywood.
2°. Apenas mulheres (por isso a lista se chama “As dez melhores atrizes...”).
3°. Inclui, em sua maioria, atrizes jovens.
4°. Considera predominantemente a relevância de seus trabalhos e a frequência nas telonas.
5°. Não é baseada no cachê das participantes.
6°. Valoriza o talento.
7°. Exclui os clichês.
8°. Nela você não encontrará nomes como Meryl Streep (mito), Julianne Moore, Susan Sarandon, Michelle Pfeiffer, Helen Mirren, Judi Dench, Emma Thompson, Fernanda Montenegro, Catherine Deneuve, Bette Midler, Glen Close e tantas outras desta e de outras gerações, pois estas já figuram em outro panteão.
9°. Jodie Foster, Natalie Portman, Kate Winslet, Angelina Jolie, Nicole Kidman, Naomi Watts, Laura Linney, Rachel Weizz, Marion Cotillard, Helen Hunt, Carey Mulligan, Winona Rider, Julia Roberts e Sandra Bullock já fazem parte da cultura pop. Não precisam mais “competir” pelo amor dos fãs e nem figurar numa lista tão restrita.
10°. Brittany Murphy não está nela porque já morreu.

A revista Time a nomeou como uma das 100 pessoas mais influentes em todo mundo. Já tem duas estatuetas do Oscar em casa, além de três Globos de Ouro e inúmeros outros prêmios, mesmo em meio às críticas de alguns membros do (importante) Partido Comunista Russo após o seu trabalho em "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal" (eita filminho ruim). A chamaram de “atriz de segunda categoria”. Sabe o que isso significa? Absolutamente nada!

Destaque para as atuações em:
Elizabeth
Blue Jasmine
The Aviator

Um talento indiscutível. É um prazer vê-la atuando. Já colecionava vários prêmios no teatro e na TV quando, em 2017, recebeu o Oscar da academia por sua atuação em "Fences" (melhor atriz coadjuvante). Durante a premiação, fez um discurso memorável.

Destaque para as atuações em:
Doubt
Fences
How to Get Away With Murder (série)



Charlize Theron
Considerada uma das mulheres mais bonitas do planeta (e é), a atriz sul-africana ganhou destaque após seu papel em "Poderoso Joe". Em 2004, levou o Oscar de Melhor Atriz no filme "Monster", quando interpretou a serial-killer-mais-feia-e-desprezível-do-mundo, Aileen Wuornos.

Destaque para as atuações em:
Monster
Terra Fria
Mad Max: Fury Road




Jessica Chastain
Já desfila no tapete vermelho de Hollywood como parte da realeza. Bela, elegante e muito competente, entrega sempre o melhor em seus papéis. Foi indicada ao Oscar pelo trabalho em “The Help” e, já no ano seguinte (2013), recebeu nova indicação em "Zero Dark Thirty".

Destaque para as atuações em:
A Most Violent Year
The Help 
Zero Dark Thirty




Deixou para trás a reputação de fazer apenas papéis bobinhos, “alegres” e “ensolarados”. Muito versátil, recentemente surpreendeu a todos por sua atuação em “Arrival”, de Denis Villeneuve, uma excelente ficção científica por sinal. A nova Lois Lane do universo estendido DC ainda tem uma “super” carreira pela frente (Tá, essa foi ruim).

Destaque para as atuações em:
Doubt
The Fighter
Arrival




Uma atriz que nós gostamos de ver nos filmes. Ela tem o talento para transformar em especial cada momento em que surge na tela. Forte e marcante, ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por seu papel em “The Help” (2012). Em 2017, quase levou de novo pelo desempenho no maravilhoso “Hidden Figures”. Ah, essa Viola...

Destaque para as atuações em:
The Help
Hidden Figures
A Time to Kill


Jennifer Lawrence
Confesso que relutei bastante em colocar a bela nessa lista. Ela ainda não me convenceu, apesar do inquestionável talento. E como me convencer também não é importante, vamos mantê-la aí. Apesar da pouca idade, já faturou o Oscar de Melhor Atriz em “Silver Linings Playbook” (O Lado Bom da Vida - 2013), filme que eu não gostei muito. Achei bem comum até, mas os especialistas disseram que é ótimo. Vamos acompanhar (como se isso fosse mudar alguma coisa).

Destaque para as atuações em:
Winter´s Bones
Silver Linings Playbook
Joy
The Hunger Games



Michelle Williams
Já teve quatro indicações ao Oscar, mas ainda não levou nenhum. Acho que é só questão de tempo (lembram do Leo?). Seu papel em “Manchester by the Sea” foi ótimo, mas muito curtinho. Ia ser muita sacanagem dos tiozinhos da Academia se dessem pra ela com a Viola (ela de novo) na parada. Foi casada com o Coringa, quer dizer, com o Heath Ledger, com quem teve uma filha.

Destaque para as atuações em:
Brokeback Mountain
Blue Valentine
Manchester by the Sea


Hilary Swank
“Karatê Kid 4” não conta, tudo bem? Já em 1997, destacou-se como uma “mãe solteira” (?) em “Beverly Hills, 90210”, nosso eterno “Barrados no Baile”. Foi dispensada pouco tempo depois, mas aí, entrou para o elenco de “Boys Don´t Cry” e faturou o Oscar de Melhor Atriz, entre outros prêmios. Não contente, levou mais uma estatueta em 2005 por “Million Dollar Baby”, do lendário Clint Eastwood. Quem é a boa agora, hein, velho Aaron Spelling? Que Deus o tenha.

Destaque para as atuações em:
Conviction 
Boys Don´t Cry
Million Dollar Baby


Anne Hathaway
Mais uma confissão a fazer. Ela não ia entrar na lista. Eu estava pensando na Scarlett Johansson quando uma voz veio e me falou: - Não deixe a atriz mais querida da “América” de fora! Seus filmes quase sempre rendem boas bilheterias e são elogiados pela crítica. Em “Les Misérables” (2013), conquistou o Oscar de melhor atriz coadjuvante. Eu não assiti, mas os filhos do Silvio Santos, com certeza.

Destaque para as atuações em:
The Devil Wears Prada
Love and Other Drugs
Les Misérables

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Congo esquecido

Centenas são mortos todos os dias a golpes de facões, flechas, paus e pedras!
Por Jotha Santos
Estava olhando a data da minha última postagem aqui no conceituado (não é pra rir) “Coluna Livre” e até eu me espantei: 08 de julho de 2014! Isso é o que eu chamo de preguiça de escrever, nível profissional. Tenho certeza de que os inúmeros leitores espalhados pelo mundo (isso aqui é nível mundial) estão felizes com a minha ressurreição. Prometo não abandoná-los mais por tanto tempo, mãe, pai, irmão e mais dois amigos... ...ôpa! Espera aí! Nem meu pai me lê...

Hoje eu estava navegando pelos principais portais de notícias do Brasil e do mundo e, claro, as principais manchetes eram sobre o atentado em Barcelona. Um maluco qualquer pegou uma van e saiu atropelando um monte de gente que estava em um tradicional “calçadão” da cidade. Quatorze mortes e dezenas de feridos. Mas não é sobre o atentado em si que eu quero refletir. Nem sobre Barcelona e muito menos sobre a Espanha. Até porque a imprensa mundial (mais séria e importante do que eu) já o fez e continuará fazendo por dias e dias.

Eu quero mesmo é falar sobre o Congo. Mais precisamente sobre a República Democrática do Congo. E sabe por que? Por que ninguém o faz. Aquele enorme país africano padece. Guerras civis intermináveis, fome, miséria, cólera, catástrofes naturais e não naturais, enfim, a lista de tribulações no Congo é tão dantesca que o próprio Dante (o Alighieri) colocaria outro adjetivo muito pior. 

Um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) revela que, apenas entre março e junho deste ano (sim, de 2017), mais de 250 pessoas, entre as quais, 62 crianças foram vítimas de execuções selvagens no Kasai, centro da República Democrática do Congo. Entre as 62 crianças executadas por agentes do Estado, milícias ou rebeldes, 30 delas tinham menos de oito anos de idade. Seis milhões de pessoas já morreram nas violentas guerras que surgiram nos últimos anos naquele país. Isso mesmo. Você não leu errado. São seis milhões de pessoas até o momento e este número só aumenta. 

Outras sete milhões de pessoas passam fome por escassez de alimentos neste exato momento. Enquanto eu escrevo, enquanto você lê, enquanto a imprensa inunda as páginas dos jornais, sites informativos e o escambau com a notícia de mais um atentado na Europa. Segundo alerta da ONU, o número de pessoas que enfrentam a fome aguda no Congo subiu 30% em relação ao ano de 2016. Ainda segundo relatório das Nações Unidas, pelo menos 43% das crianças congolesas menores de cinco anos enfrentam um estado de desnutrição crônica. 

Uma epidemia de cólera na parte oriental do país, que eclodiu no início do mês passado, já deixou 117 mortos. De acordo com relatório dos Médicos Sem Fronteiras, fatores como a falta de higiene e água potável agravam o surto.

Só nesta quinta-feira (17), a mesma quinta-feira do maluco da van em Barcelona, pelo menos 40 pessoas morreram em um deslizamento de terra no leste da República Democrática do Congo. A notícia mereceu míseras seis linhas no G1, portal de notícias da Globo. No JC Online, outras 10. No UOL, umas 15. Ah..! Mas deslizamento acontece mesmo! É uma catástrofe natural. Não no Congo onde tudo é mais complicado. Além das chuvas, atividades sísmicas e vulcânicas, o que mais mata lá (neste caso) são os deslizamentos causados por minas ilegais onde centenas de jovens e crianças se arriscam em troca de recompensas ridículas. Muitas vezes apenas por um pedaço de pão. O país ainda é muito rico em recursos naturais, como cobalto, cobre, zinco petróleo e ouro, mas o diamante é a jóia da cora. As reservas são as maiores do mundo. Assim, o que os europeus não saquearam após anos e anos de exploração, ficam em disputa entre os incontáveis grupos armados espalhados por aquele país. 

Na última terça-feira, dia 15, mais de 33 mil refugiados congoleses em Angola foram transferidos para uma nova área localizada um pouco mais próxima das bases de apoio da ONU. Tudo isso para tentar melhorar as condições de vida de uma pequena parcela da população que tenta fugir das cruéis atrocidades cometidas por milicianos e grupos rebeldes. Você provavelmente não deve se lembrar de ter visto este ou qualquer dos fatos citados acima no Jornal Nacional, Globo News, Folha de S.Paulo. Até mesmo o assassinato de dois investigadores da ONU em março, na região central do Congo, foi pouco divulgado. Seus corpos foram encontrados em covas rasas duas semanas depois. 

Na República Democrática do Congo, centenas de pessoas como eu e você, como espanhóis, italianos, franceses e americanos são mortas todos os dias a golpes de facões, flechas, paus e pedras. Mulheres são estupradas seguidamente por semanas. Quando imaginam que o tormento está chegando ao fim, ainda são cruelmente mutiladas, ficando então as marcas de um período de agonia que até o diabo gostaria de esquecer. Crianças nascem em meio à fome e a miséria total. Quando conseguem chegar aos oito, nove anos de idade, são obrigadas a lutar com armas nas mãos ou a trabalhar em minas exploratórias. As meninas tornam-se escravas sexuais. A expressão “infância perdida” é um eufemismo para aqueles que jamais souberam o que é ter infância. Dos cerca de 1,3 milhões de refugiados deslocados pelas Nações Unidas no último ano (apenas de Kasai, região central do país), mais da metade são jovens e crianças que foram separados de suas famílias e recrutados por milícias. A imagem da criança soldado na República Democrática do Congo é mais nítida do que em qualquer outro lugar. 

Eu fico triste ao ver o terrorismo crescente na Europa, antes considerada segura. Fico, sim. Mas fico ainda mais triste quando aqueles que, historicamente mais sofrem no mundo, são simplesmente ignorados. É como se algumas regiões do planeta não estivessem mais no mapa. Há um povo esquecido lá fora. Um povo que sofre o terrorismo diário de não ter um pedaço de pão para comer ou um copo d'água para beber. Que sente o horror de atrocidades inimagináveis correndo em suas veias ano após ano. Imagine dormir e acordar todos os dias com uma fome tão intensa e violenta, capaz de fazer o estômago e cada pedaço do seu corpo doer a ponto de você clamar pela morte. Imagine a escuridão de uma aldeia remota, repleta de homens armados e prontos para sequestrar seus filhos, estuprar suas mulheres e destruir suas casas, ou o pouco que resta delas. Imagine ver dezenas de corpos pútridos espalhados pelas ruas, exalando o cheiro da morte como um sinal de que, naquele lugar, nem o próprio Deus se permite mais estar. Imagine ter uma expectativa de vida de apenas 48 anos.

A realidade mundial é muito mais cruel do que aquilo que podemos ver. A história de que todos somos iguais nunca foi tão mentirosa. Um espanhol é mais importante que um congolês. Um italiano é mais importante que um nigeriano. Um francês é mais importante que um queniano. É assim que o mundo é. É assim que a imprensa e os poderosos de uma classe elitista mundial querem que seja. Alguns tentam ajudar. Alguns tentam mudar esta realidade, mas sem apoio, desistem ou deixam o trabalho incompleto. Assim como aqueles que pretendem ajudar, também são ignorados e esquecidos. 

Grupos terroristas como o Estado Islâmico, Hamas, Talibã e IRA ocupam constantemente as manchetes de jornais. Crianças retiradas de forma violenta e cruel de suas famílias, não. Todos sabem o que acontece na Europa, mas ninguém sabe – ou melhor – ninguém quer saber o que acontece no continente africano, onde pessoas exatamente iguais as europeias vivem e também têm sonhos, esperanças, pais, mães, filhos e filhas. Lá também existem pessoas que não podem ser ignoradas. Que merecem dias melhores. Que merecem uma ação ostensiva de autoridades mundiais para que a escalada da miséria, da fome e da violência um dia termine ou seja pelo menos minimizada. No Congo, na Nigéria, Quênia ou Sudão, nas menores e mais remotas regiões do planeta, as pessoas merecem atenção. Merecem visibilidade, compaixão e ajuda. Merecem misericórdia e merecem que alguém olhe por elas. Merecem amor. 

Segundo o relato bíblico, Deus enviou o dilúvio para apagar o mal que o homem havia espalhado pela terra. Faltava amor ao próximo, exatamente como hoje. É conveniente escolher a quem amar. Parece que fizemos nossa escolha. Pagaremos todos por ela.

"Para que o mal vença, basta que o os homens de bem não façam nada".

terça-feira, 8 de julho de 2014

Somos os melhores!

Kahn, aos pés do Fenômeno!
Por Jotha Santos
Foi um grande dia! Trinta de junho de 2002. Na primeira Copa de um novo século eles venceram! Sim, venceram! Nós somos penta! Nossos valentes guerreiros, antes desacreditados e desmotivados mostraram que sabem lutar. Cingidos de uma mística e poderosa armadura verde e amarela eles revelaram ao mundo o que o mundo já sabia, e nós, brasileiros, havíamos esquecido. Somos os melhores!

Disseram que eles – “os outros” – eram mais fortes, mais altos, mais técnicos e até mais bonitos. E nós quase acreditamos. Ao final de tudo, eles caíram. Caíram perante os mais feios, os mais estranhos, com cabelos esquisitos, sim, mas donos de uma arte divina que só os mais iluminados podem expressar... ...expressar em gols, em dribles, em magia.

Como esquecer as lágrimas do guerreiro maior, que superou a tudo e a todos. Que superou a dor, a tristeza, a desconfiança, a incerteza, a solidão. E que como um verdadeiro herói das histórias em quadrinhos, emergiu das trevas de 1998 para brilhar na luz de 2002 e entrar para a história do futebol mundial. Na terra de maremotos, terremotos, furacões e tornados, a noite era dele. Os céus se abriram em esplendor e o Fenômeno surgiu. Um gol de oportunidade, outro de habilidade. Assim ele alcançou a glória. “o guerreiro estava ferido. Morto, jamais”!

Chega até a ser engraçado! Por que temíamos tanto os nossos adversários se tínhamos ao nosso lado, além do Fenômeno, um outro gênio da bola, que em um momento de brilhantismo extremo, nem precisou tocar nela para fazer resplandecer toda sua genialidade?

Por que temíamos se tínhamos a experiência de um guerreiro de nome pequeno, porém de futebol gigante? O único do mundo a estar no campo de batalha final por três vezes... uma atrás da outra! Por que temíamos se tínhamos um rei com um canhão nos pés? E um garoto de sorriso alegre e futebol exuberante? Se tínhamos em nossa área um goleiro com mãos santas chamado Marcos, um guerreiro de nome Roque, outro de nome Lúcio, outro de nome Gilberto Silva e outro de nome Edmilson. Por que temíamos tanto se tínhamos em campo um menino chamado Kleberson e um velho general de pulso firme, que atende carinhosamente pelo apelido de “Felipão”.

Beckhan? Owen? Zidane? Batistuta? Vieri? Quem são? Ou melhor, onde estão? E o tal do Maradona então? Queimou a língua, de novo! O que falar do “imbatível” Oliver Khan, o Wolwerine Tedesco, que de tanto falar, acabou caindo aos pés do Fenômeno de chuteiras prateadas.

Nossa seleção foi além das palavras, além das críticas, além do flagelo. Nossa amarelinha foi a melhor. Foram sete jogos, sete vitórias, dezoito gols. De lambuja, ainda temos o artilheiro da Copa, o melhor jogador e, para completar, também o melhor goleiro. Saímos da Terra do Sol Nascente campeões, ou melhor, cinco vezes campeões. Cinco vezes melhores do que “aqueles” outros. Somos PENTA! A Taça do Mundo é nossa. Com brasileiro, não há quem possa.

A saga da seleção canarinho na Copa do Milênio jamais será esquecida. Jamais será apagada. Por uma questão meramente geográfica, para eles, foi uma grande noite. Para nós, um grande dia! 30 de junho de 2002.


Foto: http://www.redeagreste.com.br/sistema/portal/wp-content/uploads/2014/06/zira2.jpg


domingo, 3 de novembro de 2013

Os Dez Melhores Atores da Atualidade: Repercussão

Por Jotha Santos
Muitos dos meus fiéis leitores (uns quatro) comentaram a lista dos "dez melhores atores da atualidade", segundo o respeitadíssimo blog Coluna Livre (é esse aqui mesmo). Quero, portanto, aproveitar o espaço não só para agradecer, mas para esclarecer alguns pontos levantados e que merecem muito mais do que um simples obrigado.


Sobre Omar Sy
O ator francês apareceu para o mundo no excelente "Intocáveis" (não, não é aquele com o Kevin Costner). Apesar do carisma e do impecável sorriso Colgate, ainda não tem "créditos" para figurar na lista dos "dez mais". Foi o primeiro ator negro da história a receber o prêmio César (o equivalente ao Oscar lá na terra dos perfumes) de melhor ator pela atuação no mesmo "Intocáveis" no papel de Driss, o durão e charmoso "auxiliar de enfermagem" do tetraplégico, excêntrico e multimilionário Philippe (François Cluzet).





Sobre Benedict Cumberbatch
O versátil ator britânico é lembrado pela grande maioria principalmente por seu papel em Star Trek: Into Darkness, na pele do super-vilão John Harrison. Apesar de jovem, tem uma experiência de dar inveja a qualquer um não só nas telonas, mas também no teatro, televisão e rádio. Mandou realmente muito bem na última empreitada de J.J. Abrams e tem um talento indiscutível. Quanto a ser o "novo Batman", como sugeriu um leitor, poderia até ser uma boa ideia, eu concordo, mas isso se Ben Affleck (isso mesmo) não tivesse conseguido a boquinha. Posso morder minha língua mais tarde, mas acho que depois deste recauchutado Cavaleiro das Trevas - ex Demolidor... VIRGE - vamos todos sentir falta de Christian Bale. Quem sabe numa próxima franquia, Cumberbatch não possa se fantasiar de freira também e sair mandando sopapos em tudo quanto é vilão.



Um outro leitor me fez a seguinte pergunta: "Cadê as mina"?

Bem, se meu caríssimo leitor observar bem, o item número dois da postagem anterior explica tudo em poucas palavras. Para não parecer parcial, a equipe do Coluna Livre (só eu mesmo) já está elaborando a lista das dez melhores atrizes da atualidade. Aguarde!




Sobre Jonah Hill
Menino bom. Tem um talento indiscutível, apesar do estereótipo de "ator de comédia". Se parar prá pensar, parece que ele só fez isso mesmo, mas mandou muito bem em "Moneyball" (no Brasil, O Homem que Mudou o Jogo), sendo indicado a vários prêmios, inclusive, se não me engano, ao Oscar (não é o Schmidt) de melhor ator coadjuvante. Tem bons trabalhos também na televisão, além de ser produtor e roteirista. Tem tudo para entrar em breve na seleta lista dos "dez mais" de Coluna Livre. Sobre Bradley Cooper, fiz algumas considerações a seu respeito ao final da postagem abaixo, por isso, amigo leitor, considere-o como "integrante honorário" da prestigiada lista. Ele mesmo, com certeza, está se sentindo honrado pela simples citação neste documento histórico, visto e apreciado em todo o mundo!

Sobre Jeremy Renner (não é o dono das Lojas Renner)
Tem também alguns bons prêmios do cinema empoeirando nas prateleiras da estante de casa. Fez muitos filmes independentes na última década e agora se destaca principalmente por seus papéis em filmes de ação. De "Vingadores", passando por "Legado Bourne" até "João e Maria", o rapaz não é um ciborgue, mas já exterminou muita gente na telona. Se continuar o bom trabalho, vai chegar lá! Sobre Benjamim Whishaw, confesso que a equipe do Coluna Livre ainda não assistiu a nenhum de seus trabalhos, mas já agendamos para muito breve uma sessão com a saga "Cloud Atlas". Sobre Rodrigo Santoro, acho que só falta a ele papéis mais complexos na terra do Tio Sam. Ele precisa e merece aparecer mais. É um excelente ator e, ao lado de Wagner Moura, na opinião deste humilde colunista, um dos melhores do Brasil.


Um abraço a todos e até breve!
Jotha Santos
Diretor Presidente da CCIAANOSI

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Os dez melhores atores da atualidade

Por Jotha Santos
Esta lista poderia causar muita polêmica por alguns motivos:

1°: Só contempla atores de Hollywood.
2°: Apenas homens (por isso, a lista se chama "Os dez melhores ATORES...").
3°: Inclui, em sua maioria, atores jovens.
4°: Considera predominantemente a relevância de seus trabalhos e frequência nas telonas.
5°: Não é baseada no cachê dos participantes.
6°: Valoriza o talento.
7°: Exclui os clichês.
8°: Nela você não encontrará nomes como Sean Connery, Al Pacino, Robert De Niro, Anthony Hopkins e etc. (ver item número 3).
9°: Tom Hanks, Brad Pitt, Will Smith, Denzel Washington, Robert Downey Jr., Morgam Freeman, Johnny Depp, Leonardo DiCaprio, Christian Bale e Edward Norton são excelentes atores, até melhores do que os da lista abaixo, mas já pertencem a uma outra geração e não há espaço para eles em uma lista que pretende ser atual.
10°: Heath Ledger não está nela porque já morreu.

Apesar de tudo, sei que não preciso me preocupar com as polêmicas, afinal ninguém lê essa coluna mesmo, então posso colocar até o Didi Mocó Sorrisal Colesterol Novalgina Mufumo na lista que nenhuma alma vai questionar mesmo. Aí vai:


Ryan Gosling

Talvez o melhor ator em atividade no momento (em minha humilde opinião, claro). Versátil, profundo, carismático e comprometido.

Destaque para as atuações em:
Drive
Only God Forgives


Indicado ao Oscar por seu papel em  Revolutionary Road, tem se destacado no cenário "hollywoodiano" com excelentes atuações, mesmo em papéis menos complexos, que já deixou para trás. É sofisticado, inteligente e carismático.
Destaque para as atuações em:
The Iceman
Take Shelter
Man of Steel


Michael Fassbender

Ator alemão, começou a chamar a atenção dos críticos a partir dos trabalhos em Bastardos Inglórios e X-Man First Class.

Destaque para as atuações em:
Bastardos Inglórios
X-Men First Class
Centurião
Um Método Perigoso



Estudou atuação apenas um ano e mostrou evolução em cada trabalho realizado, chegando a ser indicado para o Oscar pelo papel em 127 Horas.

Destaque para as atuações em:
Spider-Man 1, 2 e 3
127 Horas
Planeta dos Macacos: A Origem
Oz: Mágico e Poderoso



Ator britânico, vencedor de inúmeros prêmios pelo mundo afora, incluindo o Golden Globe e o Emmy Awards pela série Luther. Tem se destacado no cenário americano pelo seu talento e perfeccionismo. 

Destaque para as atuações em:
Ladrões
Motoqueiro Fantasma 2
Pacific Rim


Escocês, começou a atuar em 1995. A partir do trabalho em "O ùltimo Rei da Escócia", chamou a atenção dos críticos para o seu talento.

Destaque para as atuações em:
O Último Rei da Escócia
X-Men: First Class
Trance




Indicado duas vezes ao Globo de Ouro, Gordon-Levitt é um exemplo raro de atores que souberam fazer com competência a transição da TV para as telonas.

Destaque para as atuações em:
50/50
The Dark Knight Rises
Premium Rush
Looper
Lincoln


Fez algumas "porcarias" (quem nunca), mas tem talento e deve se consagrar como uma das grandes estrelas de Hollywood.

Destaque para as atuações em:
Star Trek
Incontrolável
Guerra é Guerra
People Like Us
Star Trek: Into Darkness


Vem melhorando a cada trabalho. Nesse ritmo, vai longe e não precisa mais aceitar tudo quanto é papel que aparece por baixo da sua porta.

Destaque para as atuações em:
Quarteto Fantástico (?)
Puncture
Avengers
The Iceman



É "O CARA" do momento, vencendo inclusive algumas premiações como "Novo Talento Mais Popular" pela Logie Awards, ente outros. Está com tudo, por isso seu bolso agradece e as tietes também.

Destaque para as atuações em:
Thor
Avengers
Rush





Por pura coincidência, temos três "CHRIS(es)" no final da lista. Acho que é um bom nome para a senhora batizar seu filho, vai por mim, porque Jonathas não rendeu nada. 

A relação poderia incluir também o nome de Bradley Cooper, mas como eu tinha que escolher apenas dez e me baseei no momento, o novo "Cara de Pau" Peck ficou de fora, mas poderia facilmente tomar o lugar de alguém aí em cima. Espero que apreciem (digo isso mesmo sabendo que ninguém vai ler só para dar "um ar" de importância).

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Scarpa e o Bentley

Enterrar um Bentley também é um ato nobre
Por Jotha Santos
Para quem assistiu a entrevista de Chiquinho Scarpa para Danillo Gentili no "Agora é Tarde" na semana passada, fica a dúvida se a intenção original do playboy ao enterrar seu Bentley, avaliado em 1 milhão de Dilmas, era mesmo causar alguma reflexão sobre doação de órgãos. O milionário em nenhum momento (NENHUM MESMO), citou que isso faria parte de uma campanha. Disse apenas que enterraria o carro porque este era "seu bem maior" e que, "assim como os faraós", gostaria de ter enterrado seus tesouros. Disse ainda que andaria de Bentley em outra vida e que não deve satisfações a ninguém, por isso faz com suas riquezas aquilo que bem entende. Não havia, inicialmente, nenhuma causa nobre por trás disso tudo. Um ou dois dias após a entrevista e de toda a polêmica gerada nas redes sociais, Scarpa, agora devidamente orientado por seus assessores, lançou a tal "campanha" que deu sentido e trouxe nobreza ao ato insano arquitetado pelo Conde brasileiro. O fato de provavelmente jamais ter pensado nisso no começo da empreitada, no entanto, não invalida a essência do evento realizado em sua mansão, que acabou se tornando interessante e repercutindo positivamente em todo o país graças a algumas cabeças pensantes que demonstraram que, mesmo na loucura de poucos, é possível extrair valiosas lições para muitos.

Abaixo, o link com a entrevista completa, realizada na terça-feira, dia 17/09, três dias antes do evento. Tirem suas conclusões!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Gotas d'água em Belo Monte

Energia eólica? Solar? Não... isso não vai acontecer tão cedo.
Por Jotha Santos
Ironia é um movimento que quer impedir a construção de uma usina hidrelétrica se chamar "Gota d'água". Itaipu sepultou para sempre o Alto das Sete Quedas, um dos mais belos espetáculos da natureza em nosso país. Hoje, temos banho quente, iPads e celulares carregados graças a esse "atentado" contra nosso "patrimônio" natural. Mas vivemos bem e felizes, principalmente quando o ar-condicionado funciona e refresca o calor insuportável do qual também somos culpados. E isso, sem se lembrar das Sete Quedas, das pessoas que moravam em seu entorno e dependiam do turismo lá explorado para a própria sobrevivência.

Precisamos ser menos hipócritas e conviver com a realidade. Energia eólica? Solar? Não... isso não vai acontecer tão cedo. Talvez nunca na proporção que queremos ou precisamos. Não do jeito que está. Mas ainda vamos querer uma água gelada a qualquer momento, uma roupa passada e uma TV ligada em nosso programa favorito. 

No Brasil, culturalmente crescemos assim: primeiro destruímos para depois progredirmos, infelizmente. E um prognóstico nada otimista revela que essa condição não deve mudar. Não nessa ou nas próximas gerações. Nada muda justamente por causa da nossa hipocrisia, pois quando o problema de uma nação bate a nossa porta, apenas "nos expressamos" entupindo as redes sociais de mensagens motivacionais, vídeos e frases impactantes que mais parecem um capítulo de novela. Novela que só acompanhamos graças àquela mesma usina hidroelétrica que destrói nosso patrimônio, nossos lares, nossa natureza. 

Alguém poderá me dizer que estou agindo da mesma forma. Deixo um comentário em uma rede social e pronto. Minha parte está feita. Consciência limpa. 

Não. Eu não fiz a minha parte. Minha consciência não está limpa. Não está, assim como a energia que me permite fazer este comentário não é limpa. Nossas atitudes não são limpas, nossas vidas não estão limpas, nossos governantes, nossas leis, nossos estatutos e nossas experiências não são limpas. O Brasil não está limpo. 

Hidrelétrica, termoelétrica, nuclear, a carvão ou a moinho de vento, não importa. Infelizmente não importa, pois amanhã, o que vamos querer mesmo é um bom banho quente e um refrigerante gelado após um longo dia de trabalho. Trabalho este que permite pagar os impostos. Os mesmos impostos que financiam a construção de usinas, sejam elas a água, radiativas ou destrutivas. Independente do tipo, o mais importante mesmo é que elas impeçam um apagão nacional. Apagão este que nos impedirá de postar mensagens, protestos, vídeos e frases impactantes no Facebook, Twitter, Instagram e tantos outros.

Quem sabe, se nossos celulares não despertarem mais pela manhã por falta de energia, talvez não precisaremos mais trabalhar. Assim, não iremos mais gerar impostos para a construção de novas usinas, evitando então que elas destruam florestas, vidas e belezas naturais. Evitando que elas sepultem a história, que ironicamente, em nosso século, passou a ser escrita por elas e por meio delas. 

Foto: pt.wikipedia.com

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Palavras em Santa Maria

O fogo e a fumaça interrompem o futuro... o sorriso.
Por Jotha Santos
Palavras confortam... mas não agora. Pais procuram seus meninos... um último beijo... um último abraço.

Palavras confortam... mas não agora.
O fogo e a fumaça interrompem o futuro... o sorriso. E por uma mórbida brincadeira do acaso, em um momento de alegria...

Palavras confortam... mas não agora.
Na madrugada, em nossas casas, não sabíamos que o céus de Santa Maria cobriam-se   de cinzas... não imaginávamos que a morte chegara junto às chamas da tragédia...

Palavras confortam... mas não agora.
Um único sinalizador, uma única saída... centenas de vidas. Por Deus! Essa conta não bate! Nada mais faz sentido.

Palavras confortam... mas não agora.
Pais procuram suas crianças em meio ao caos inesperado... em meio a árdua ceifa do destino. Destino traçado sem o nosso entendimento... sem o nosso consentimento.

Palavras confortam... mas não agora.
Uma triste sinfonia de celulares ecoava... mas não havia resposta. Não havia consolo em tantos sons registrados por aqueles que se foram. Sons que marcaram suas vidas, suas alegrias, tristezas, amores, momentos, desejos, sonhos... ruína! O beijo mais que esperado jamais veio. Por ironia do destino, em um inferno chamado “Kiss”.

Palavras confortam... mas não agora.
Enquanto dormíamos, o alvorecer em Santa Maria transformava vidas. Transformava histórias.

Palavras confortam... mas não agora.
A chama foi extinta. A fumaça dissipada. O dia 27 de janeiro, no entanto, não se apagará jamais! Ficam o choro, a dor, o desespero, o sofrimento... as cicatrizes. As paredes se esfriam, mas o calor de uma triste lembrança não será amenizado. Nada mais será como antes...

Palavras consolam... mas não agora.

Que o bálsamo divino traga alívio, descanso e aconchego. E que a névoa da catástrofe não mais se aproxime de nossas crianças. Crianças que só queriam um pouco de diversão.

Palavras consolam... mas não agora.  

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